sexta-feira, 4 de março de 2011

A Fé!




Sempre fui convicto que a palavra “amor” resumia qualquer ato ou pensamento no que tange nossas vidas. Aliás, os mandamentos instituídos por Deus se resumem na palavra “amor”: “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo”. Se todos os seres humanos se atentassem para estas simples, porém fundamentais “palavras mágicas” o mundo seria bem diferente do que o vemos hoje: Isso é utopia! Desde que temos conhecimento da existência humana e até divina, há divisão do bem e do mal.
Digo isso, pois vejo uma palavra que precede o amor - quando falamos de religião, de alegria, de entendimento, de sabedoria, de convivência....de sobrevivência: FÉ!
A Fé é dom de Deus, e se é dom, é algo que o próprio Deus nos concede, então a fé é o alento para os nossos corações, principalmente àqueles observadores, questionadores, inquietos?...
“A fé acompanha absoluta abstinência à dúvida pelo antagonismo inerente à natureza lógica”.
Ouvi e guardei muito bem essa reflexão sobre a fé...ela se baseia em 3 exemplos:
1º exemplo: a fé medíocre! É aquela fé apagada, sem sentido....a fé exemplificada por São Tomé (João 20.24-29): “Se não vir nas suas mãos o sinal dos pregos, e não puser o meu dedo no lugar dos pregos, e não introduzir a minha mão no seu lado, não acreditarei!”
É assim explicitada a fé mitigada, aquela que duvida de tudo...muitos de nós somos assim...em determinados momentos de nossas vidas....somos como Tomé, mas essa comparação (talvez) se deva a fatores externos – dificuldades, perseguições, inquietações....contudo, devemos findar como o próprio Tomé: “Meu Senhor e Meu Deus!”
O 2º exemplo de fé é aquela banal....fé da maioria: aquele aplicada à São Pedro, (Mateus 14, 22-36) quando ele e os discípulos viram Jesus em meio ao mar, após o assombro inicial, “Pedro tomou a palavra e disse: Senhor, se és tu, manda-me ir sobre as águas até junto de ti! Ele disse-lhe: Vem! Pedro saiu da barca e caminhava sobre as águas ao encontro de Jesus. Mas, redobrando a violência do vento, teve medo e, começando a afundar, gritou: Senhor, salva-me! No mesmo instante, Jesus estendeu-lhe a mão, segurou-o e lhe disse: Homem de pouca fé, por que duvidaste?”
Essa passagem nos remete àquelas pessoas que afirmam ter sua fé concreta, convicta, firme, porém, na primeira tribulação....afundam! Esquecem que Jesus caminha lado a lado conosco....alguns tentam recuperar este maravilhoso dom, às vezes conseguem....porém, com nova tribulação: afundam-se em suas preocupações, problemas, dúvidas! Ah! Dúvidas! Talvez o adversário maior da fé...
Quantos de nós somos como Pedro, e se assim somos, então abençoados seremos (?), pois Pedro assim foi.
Agora quando falamos de fé verdadeira, não aquela fé linda (aos olhos humanos), mas firme, profunda e sincera; elucidamos à passagem do centurião (Mateus 8, 6-13) ...homem forte da guarda romana: prendia, ia à guerra, comandava legiões de soldados, tinha um cargo de relativa importância dentro do exército romano, guerreiro por natureza....talvez rude, abrasivo (em virtude da vida que levara)....mas: “Dizei uma só palavra e meu servo será curado”, pois “não sou digno de que entreis em minha casa”.
Essa é a essência da verdadeira fé....independente de nossa situação, de nossa colocação social, de nosso jeito de ser: a fé pura, magnífica é mencionada de forma precisa nesta passagem, ao ponto de comover Jesus: “não encontrei semelhante fé em ninguém de Israel...vai, seja-te feito conforme a tua fé”
Embora, muitas vezes dificultosa, essa é a fé que devemos buscar: virão decepções, angústias....contudo, não sejamos incrédulos, mas pessoas de fé...e se questionarmos, façamos de coração limpo para que não afundemos nas tribulações da vida, mas que consigamos seguir o exemplo do abrutalhado, porém confiante centurião....
"Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem". - Hebreus 11:1

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